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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Boom da construção preocupa

A demanda aquecida começa a preocupar nacionalmente as indústrias da construção civil com uma possível crise de desabastecimento de insumos. Uma sondagem feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com empresários do setor em todo o país mostra que, no segmento de materiais de construção, a possibilidade de não atender encomendas em decorrência do esgotamento da capacidade produtiva aumentou de 39%, em 2005, para 57%, neste ano.
O percentual é, de longe, o maior entre os setores da indústria de transformação pesquisados, que englobam ainda bens de consumo, bens de capital e bens intermediários --todos em torno de 30%. Ainda assim, as taxas médias de expansão da capacidade produtiva em materiais de construção, de5% em 2007 e previsão de 9% em 2008, são as menores dentro da indústria. Já para o triênio 2008/2010, a perspectiva se inverte e o percentual (28%) é o maior.
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem da Folha de São Paulo, a preocupação com o desabastecimento existe, mas o fator fundamental é o planejamento. As empresas de médio porte seriam as que inspiram mais cuidado, pois as grandes estão fazendo contratos de longo prazo para evitar problemas no andamento das obras, que duram, em média, 18 meses.
Por meio de nota, a Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) disse que 'os investimentos no aumento da capacidade de produção se mantêm superiores ao crescimento do PIB [Produto Interno Bruto]'. Pesquisa da entidade mostrou que 61% das empresas consultadas pretendem fazer investimentos relevantes nos próximos 12 meses.
Ano crítico
Para Ana Maria Castelo, consultora da FGV Projetos "o ano de 2008 será o mais crítico" porque os investimentos feitos pela indústria quando a demanda começou a ficar aquecida ainda não estarão plenamente disponíveis, com o necessário aumento na capacidade de produção.
O PIB da construção civil caiu 7,3% de 2001 a 2003 e cresceu 21,7% entre 2004 e 2007. Outro entrave apontado pela pesquisadora é a mão-de-obra, pois faltam trabalhadores qualificados, o que valoriza os salários dos que estão no mercado. Por isso, afirma, é fundamental que haja maior planejamento das construtoras para evitar atrasos nas obras. "Numa perspectiva de curto prazo, pode haver gargalos localizados", alerta, citando como exemplo a falta de cimento que ocorreu no Centro-Oeste no segundo semestre do ano passado.
Nos últimos 12 meses, foi justamente o cimento que teve a maior variação nominal (25,88%) entre os insumos comprados pelas construtoras no Estado de São Paulo, seguido de concreto (14,88%), brita (13,24%) e areia (10,36%). No mesmo período, o CUB (Custo Unitário Básico) registrou alta de 7,58%, puxado pelos materiais (7,95%). Já o INCC (Índice Nacional da Construção Civil), também medido pela FGV, subiu 6,18%. (As informações são da Folha de São Paulo).

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