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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Especialistas alertam: empresas estariam perdendo o controle da qualidade diante do forte aumento no número de obras.

Que o mercado imobiliário vive hoje um ritmo de expansão sem precedentes, todos sabem. No entanto, além de construir mais, o setor está construindo melhor? Ainda não há dados que mensurem esse impacto (positivo ou negativo) na qualidade das construções, até porque o movimento é tão recente que as obras resultantes da expansão dos recursos das companhias não foram concluídas e, portanto, não podem ser aferidas. Mas uma coisa é certa: esse crescimento abrupto de um mercado que ficou estagnado por duas décadas, com escassa mão-de-obra qualificada, modos de produção artesanais, fornecimento volátil de máquinas, de equipamentos e até de matéria-prima, impõe desafios ainda maiores e põe em xeque o preparo do setor para atender, com qualidade, ao volume de obras, metas e projeções prometido.

O testemunho, nesta reportagem, de inspetores prediais, consultores, construtores e incorporadores, que hoje adentram os canteiros de obras e vivem na pele os sinais dos novos tempos, soa como um alerta sobre o modo de produção e a relação de trabalho diante do ritmo acentuado de produção setorial.

É com base nessa percepção empírica de mercado que Salvador Benevides, arquiteto e diretor técnico da Projeto Engenharia, além de membro fundador do comitê de tecnologia e qualidade do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), sinaliza um cenário de aumento de patologias caso nada seja feito. "Estão acontecendo erros crassos por parte de grandes empresas, e são coisas agressivas, como tubulação de água quente invertida com água fria (e vice-versa), péssima aplicação de concreto auto-adensável, má concepção estrutural (que pode levar à trinca de paredes), paredes fora de prumo, portas que não fecham etc.", alerta.

Na avaliação de Benevides, as empresas estariam perdendo o controle da qualidade diante do forte aumento do número de obras. Para ele, as falhas já começam na relação entre construtoras (que operam com a realidade just in time) e incorporadoras (que trabalham com perspectivas e projeções futuras, e estão agora mais focadas em resultados financeiros, na entrega rápida das obras - como forma de baratear os investimentos e mostrar trabalho aos acionistas -, e no abatimento de custo).

"Muitos lançamentos estão sendo tocados por recém-contratados e jovens profissionais, especialistas em planilha de plantão que, sem coordenação, jogam as metas no papel (e o papel aceita tudo) e repassam o trabalho para as construtoras. Daí, as construtoras, mesmo sabendo que as previsões, a formatação do produto e os custos não são compatíveis com a realidade, aceitam o projeto para não perder o cliente ou comprometer sua imagem... Mas como falta gente especializada e os custos e prazos não batem, vira uma bola de neve. Isso vai estourar", prevê Benevides.

Leia a matéria completa no site http://www.construcaomercado.com.br/MateriaConteudo.asp?idMateria=20342

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